AMARguramento
Feliz seria.
Fosse simples pensar e simples fazer.
Amar seria tão simples quanto respirar ou comer.
Seria simples não pensar em teus devaneios vendo outros semblantes.
Meus devaneios vendo outros semblantes.
E os desejos da carne pulsando entre tuas pernas ou entre meus lábios.
Seria fácil acreditar na tal fidelidade risonha de outrora que agora me escapa e me faz duvidar.
E o que resta agora ficou restringido a acreditar.
Se tu acreditas, eu acredito.
Mas até qual distância se leva o amor sem que se ceda aos olhos de outrém?
Sem que se pense que antes estar sozinho que estar em dúvida?
E sofrer ao pensar que o coração pode nos pregar peças horríveis?
Antes amar-te era tão fácil, tão simples, tão puro.
Mas responda agora, continua sendo tão doce e sutil?
Um comentário:
Sem ele a gente não vive, com ele, um batalhão de preocupações, devaneios e outras mil coisas que vêm. Ah, o amor!
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