12 de dezembro de 2008

AMARguramento

Feliz seria.

Fosse simples pensar e simples fazer.

Amar seria tão simples quanto respirar ou comer.

Seria simples não pensar em teus devaneios vendo outros semblantes.

Meus devaneios vendo outros semblantes.

E os desejos da carne pulsando entre tuas pernas ou entre meus lábios.

Seria fácil acreditar na tal fidelidade risonha de outrora que agora me escapa e me faz duvidar.

E o que resta agora ficou restringido a acreditar.

Se tu acreditas, eu acredito.

Mas até qual distância se leva o amor sem que se ceda aos olhos de outrém?

Sem que se pense que antes estar sozinho que estar em dúvida?

E sofrer ao pensar que o coração pode nos pregar peças horríveis?

Antes amar-te era tão fácil, tão simples, tão puro.

Mas responda agora, continua sendo tão doce e sutil?

Um comentário:

Guga Pitanga disse...

Sem ele a gente não vive, com ele, um batalhão de preocupações, devaneios e outras mil coisas que vêm. Ah, o amor!