A porta
Eis que estou à porta e bato.
E ninguém atende.
Será que cheguei muito cedo ou será que já é tarde demais?
Ou será que ainda dá tempo...
De pegar a estrada e encontrar aquilo que procuro no meio do caminho?
Ou devo dar as costas para a porta e ir embora como se nunca a tivesse batido?
Talvez devesse esperar, pode ser que alguém esteja apenas dormindo,
Ou pode estar morto...
Ou pode apenas ter ido até a esquina comprar pão.
Talvez eu devesse arrombá-la.
Eu poderia fazer tantas coisas...
A única testemunha de que naquela porta bati é a própria porta.
Mas ela, coitada, nem pode falar nada.
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