20 de abril de 2007

Era uma vez...

Quando eu era criança me fascinava pelas coisas mais bobas: plástico com cheiro de novo, paetês brilhantes, estrelinhas coloridas, clips de plástico fosforescentes, estojos de plástico transparente com água colorida dentro, bolo de chocolate recheado com leite condensado, chocolate "refeição" da garoto (que vinha envolto num papel branco), castanha-do-pará, caçar grilos na grama e colocar dentro de um vidro, ficar olhando para as borboletas coloridas que pousavam naquela variedade imensa de flores que minha mãe plantava, pular sapata, pular rio, colher os pêssegos verdes que por dentro já estavam podres, fazer guerra de "abacatinhos" (porque caíam antes de crescer quando chovia forte), tomar banho de chuva...

Hoje essas coisas ainda me fascinam, mas não com a mesma intensidade de antes. Não tenho a menor vontade de sair catando grilos pra trancar num vidro e plásticos não me fascinam mais. Às vezes a única coisa que eu queria era ver o mundo com olhos de criança, que acha tudo fantástico. As coisas se tornaram fatídicas, esperadas, prontas e sem graça. Nada mais é tão empolgante a ponto de que eu não consiga dormir durante a noite só pensando naquilo. Eu queria aquela sensação de fantástico de volta. Eu queria pensar que voar é igual a correr no vento. Eu não sinto mais o vento. Pra onde ele foi?

Um comentário:

Clarissa disse...

^^

Te achei lá no meu orkut, e decidi vir visitar tua casa...


E quando você descobrir pra onde foi o vento, não esqueça de me contar.


Bom dia.