27 de março de 2010

Anuncio o fim desse blog. Foi muito bom enquanto estivemos juntos. Não, não vou parar de escrever. Criei um novo. Estando tudo pronto, posto o link. Beijos. Como despedida um último post.poema.

Meu coração, já tão castigado, apanha.

Apanha com vara de marmelo.

Sangra cada lembrança.

Sente cada saudade.

E arranca de mim os sorrisos.

Deixa só as lágrimas.

20 de março de 2010

Desabafo.

Eu quis que desse certo. Eu esperei que desse certo.

Mesmo quando tudo indicava que daria errado, mesmo quando eu não tive as atitudes mais bem pensadas do mundo, no fundo sempre esperei que desse certo, que terminasse bem.

Mas não sou moderna, pra falar a verdade sou antiquada demais.

Não consigo pensar que dediquei três anos a algo que não "deu em nada".

Porque pra mim, se eu invisto em algo, quero retorno daquilo.

Me sinto lesada, como se tivesse pago por três anos por um produto que nunca chegou ou já veio com defeito de fabricação.

Não levei um pé na bunda, mas preferiria ter levado, pois estaria doendo menos.

Justo quando eu desejei de todo meu coração investir pra sempre, ter os olhos só para aquela pessoa, eu ouço que ela não sabe o que quer.

Eu, como menina que sou, sempre soube o que queria. E não é por influência da mídia e não é por influência da família ou de amigos.

Eu só queria me apaixonar, amar alguém e passar o resto da vida com aquela pessoa.

Mas o mundo de hoje é moderno demais pra mim.

Meu coração não consegue suportar tudo que o mundo de hoje comporta.

Os homens querem mulheres perfeitas, relacionamentos abertos, imaginários ou seja lá o que for.

Eu, eu só queria uma vidinha sossegada, com cachorro, gato e passeios nos finais de semana.

Talvez eu esteja errada. Pode ser.

Mas não é pra isso que escrevo este post.

É pra conseguir colocar pra fora tudo que está doendo aqui dentro. E dói muito.

E não é por estar "sozinha", que de solidão eu só sofro quando quero.

É que eu não entendo. Não consigo entender.

Não entra na minha cabeça.

Dói por não saber, não entender, não compreender.

Dói por não poder ficar esperando, porque não sei quanto tempo a loucura dos outros dura.

Porque pra mim ainda soa como loucura.

Sempre tive um grande apego a tudo que é meu. É difícil ter que deixar algo ir embora e não poder fazer nada praquilo ficar.

Porque eu não tenho poder nenhum. Porque afinal de contas aquilo nunca foi meu.

Porque eu sou passional demais, emocional demais e qualquer tipo de perda acaba machucando demais.

Mas se tem que ser assim, quem sou eu pra insistir, pra teimar, pra querer que aquilo dê certo quando todo esforço só parte de mim?

Sou humana. Chega uma hora em que não dá mais.

Chega a hora de dizer adeus.

E nesse ponto posso ser bastante radical.

Mas só assim eu consigo me afastar de coisas que eu ainda amo.

Não sei por quanto tempo. Mas amo.

19 de fevereiro de 2010

=)

E foi assim: eu olhei pro céu e ele sorriu pra mim. Fim.

16 de dezembro de 2009

Hj é dia de... Maria? Não, de poesia! (A dama)

Você poderia ser puta, eu te amaria do mesmo jeito.

Poderia ser presidiária, viciada, fracassada.

Era só continuar tendo esses peitos.

Poderia ser estúpida, maldosa, articulada.

Desde que ainda tivesse essas pernas malditas,

Oh, pernas malditas as suas...

Eu poderia abri-las e fechá-las o tempo todo.

Você poderia cometer atrocidades,

Desde que continuasse com esse lindo sorriso.

Oh, eu poderia odiá-la,

Não fosse essa maldita obsessão,

De amá-la desse jeito.

Esse jeito doentio.

Sim, eu poderia odiá-la,

Mas quando vejo suas curvas, quando abro a sua blusa,

Todo esse ódio passa.

O resto do mundo perde a graça,

E é só você quem continua.

30 de novembro de 2009

Largando os béts...

Joguei "béts" pouco tempo na minha vida. Nem lembro direito do jogo ou das regras. Minha mãe não me deixava sair de casa pra brincar na casa dos coleguinhas. Eu tinha que sair escondida, de tarde, e voltar antes dela chegar em casa da escola (ela é professora).

Mas vamos à expressão "larguei os béts": larguei mão, abandonei, deixei de lado, mudei de ideia, cansei.

Sempre fico me perguntando até que ponto devemos lutar por algo ou tentar conseguir alguma coisa. Até que ponto isso é salutar, até que ponto adianta de algo. E no caso em questão, acho que não adianta mais de nada.

2010 está chegando e sempre ouvi dizer que temos que entrar no novo ano com uma nova vibe, novos pensamentos e uma tentativa real de querer fazer diferente.

Talvez seja isso mesmo, talvez eu deva fazer diferente. Talvez eu deva escolher uma estrada, entrar nela e ir até o final pra ver onde é que eu vou chegar. Cada vez mais eu vejo que as pessoas não vêem com bons olhos quem resolve mudar de estrada na metade do caminho. É sempre condenado.

Talvez eu deva parar de prestar concursos pra Curitiba e prestar concursos pra outras cidades. Ir embora "pra sempre". Um pra sempre talvez temporário, mas aquela sensação de fugir de tudo que nos cerca, mudar de ares, mudar de pessoas.

Talvez seja essa necessidade absurda que me deu de querer viajar e fugir daqui mesmo nos finais de semana. Nunca tive muito dinheiro, nunca viajei muito, mas só fui sentir falta disso esse ano.

Se eu pudesse, passaria cada fim de semana em uma cidade diferente.

Se eu pudesse me mudaria daqui.

Se Lacuna Inc. existisse eu seria a pessoa mais feliz do mundo, porque eu não ficaria com a sensação de que devo fugir o tempo todo.